QUANDO MORRE UM POETA

30.06.2013      16:00       PORTO ALEGRE, BRASIL
 
Landro Oviedo 

Quando morre um poeta
Morre um pouco da poesia
A noite chega mais cedo
Fechando os olhos do dia

Quando morre um poeta
Morre um pouco a formosura
A água fica salobra
E a vida se desnatura

Quando morre um poeta
Morre um pouco a esperança
A canção perde acordes
Balés tropeçam na dança

Quando morre um poeta
Morre a mais genuína ânsia
Um tempo novo se esvai
Tristando a perdida infância

Quando morre um poeta
Um sonho perde suas asas
Fica a mobília ao relento
Dormida longe de casa

Quando morre um poeta
O abecedário sutil
Fica órfão das batalhas
Entre a rosa e o fuzil.


(Em memória do poeta Amir Feijó Pereira)
 
Landro Oviedo é poeta, professor e advogado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

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